Olá. Psicos
Hoje trago para vocês não somente uma resenha deste livro fantástico, mas também proponho aqui uma reflexão acerca das várias formas na criação dos nossos pimpolhos .
Neste livro Com base em pesquisas e observações cotidianas (Iben mora em Copenhague e Jessica é casada com um dinamarquês), as duas escreveram o livro Crianças Dinamarquesas – O que as Pessoas Mais Felizes do Mundo Sabem Sobre Criar Filhos Confiantes e Capazes (Ed. Fontanar, R$ 34,90). O livro descreve as atitudes de pais e mães daquele gelado país que geram resultados positivos sobre as crianças. E, o que é melhor, como aplicá-las em qualquer lugar do mundo.
Quem diria que existem tantas teorias, métodos, especulação e até mesmo lendas, que mostram as melhores formas de como criar seus filhos. Mas será que realmente existe uma forma que seja mais adequada que a outra? Talvez os esforços e a busca pela criação perfeita nos faça esquecer certos detalhes indispensáveis na criação de qualquer pessoa. Detalhes que não deveriam sequer ser detalhes, mas sim prioridades na vida de todos, valores de humanidade, generosidade, opressão zero, integridade, socialização… coisas que todos os pais deveriam passar para seus filhos, mas que acabam esquecendo ou deixando para ensinar quando já é tarde demais.
“Às vezes esquecemos que “criar”, assim como “amar”, é um verbo. Esforço e dedicação são necessários na obtenção de um retorno positivo. ”
Desde 1973, a Dinamarca lidera o ranking de felicidade, o que desperta o interesse dos pesquisadores. Por que razão os dinamarqueses se destacam nesse indicador? Para além da efetividade dos direitos humanos que marcam o modelo nórdico de Welfare State, haveria algo na educação dinamarquesa que poderia explicar a maior satisfação das pessoas? Para Jessica Alexander e Iben Sandahl, autoras do livro Crianças Dinamarquesas, o que as pessoas mais felizes do mundo sabem sobre criar filhos confiantes e capazes (editora Fontanar, 2017, 142 p.), é exatamente disso que se trata. Para elas, os dinamarqueses educam seus filhos de uma forma específica, cujos valores e condutas estão na origem da felicidade geral.
Brincar é uma das primeiras condições da aprendizagem e os dinamarqueses entendem que ela é decisiva para o desenvolvimento de habilidades sociais. A interação com outras crianças, de idades diferentes, inclusive, desenvolve as habilidades de negociação e de autocontrole. “Quanto mais brincarem, mais resilientes e socialmente capazes serão”, afirmam Alexander e Sandahl. As crianças devem brincar sozinhas também. O “faz de conta”, a criação de personagens e vozes permitem que as crianças reinterpretem suas experiências. Não por acaso, um dos brinquedos mais conhecidos do mundo, o Lego, foi inventado por um dinamarquês, em 1935. “Lego” é a abreviação para leg godt que significa “brincar bem”.
O método dinamarquês de educar é marcado por condutas que afirmam uma ética orientada para a integridade e a interação. Uma delas é o “elogio ao processo”. Isso não significa, porém, exagerar na positividade e aplaudir cada conta de adição que seu filho resolve corretamente como se estivesse em frente ao trabalho de um novo Einstein. “Se as crianças são constantemente elogiadas por serem naturalmente talentosas ou dotadas, passam a crer que sua inteligência é fixa e nada pode ser feito para modificá-la”, explica Iben.
Na mesma linha, os dinamarqueses lidam com uma técnica que as autoras chamam de “reenquadramento”. Trata-se de estimular as crianças a perceber a realidade sob múltiplos ângulos, evitando a redução de uma experiência, por exemplo, a uma dimensão negativa. Isso produz um uso cuidadoso da linguagem, para não reproduzir estereótipos. O desafio é separar os indivíduos dos seus atos. Se o coleguinha fez uma coisa ruim, é aquele ato que é ruim, não o coleguinha. Pessoas erram e devem corrigir seus erros. O mundo, em síntese, não está dividido entre os que erram e os que acertam. Essa compreensão evita que a linguagem se transforme em uma sentença. Crianças que ouvem seus pais dizerem coisas do tipo: “você é egoísta”, “você é preguiçoso” ou “nosso filho detesta matemática”, “nossa filha não gosta de ler”, terão, seguramente, uma boa chance de acreditar nisso, caminho pelo qual tais frases se transformam em profecias que se autocumprem.
Esses são apenas alguns dos temas abordados por Alexander e Sandahl. No Brasil, não temos uma formação especial para paternagem/maternagem, o que significa que os adultos costumam agir em relação as suas crianças de forma instintiva e, muito frequentemente, repetindo os padrões pelos quais eles mesmos foram educados. Essa característica integra a receita pela qual os padrões de desigualdade são reproduzidos e perpetuados. Também por essa razão, o livro mencionado pode cumprir um importante papel entre nós, não apenas para pais e mães, mas também para professores.
Terminei a leitura deste livro com muitas reflexões sobre minha prática em consultório, por isso, recomendo esta leitura . Segue o LINK ABAIXO
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Pedagoga e Psicopedagoga Clínica
Comecei minha carreira de atendimentos em 2012
Hoje atuo também como Supervisora Clínica
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