Quais os estágios do desenvolvimento cognitivo?
Observando seus filhos na interação com o meio, Piaget percebeu que as crianças possuem uma forma particular de pensar e aprender. O erro e o acerto são conceitos que estão no cerne do raciocínio infantil e foi a partir da relação erro/acerto que Piaget desenvolveu sua teoria de estágios do desenvolvimento cognitivo da criança.
Outro nome que também exerce grande influência nesta temática é o de Lev Vygostsky (1896-1934), responsável por estudar a ligação do desenvolvimento intelectual da criança com a interação social e as condições de vida de cada uma. Ambos, Piaget e Vygostky, são expoentes do construtivismo.
Se existe algo que podemos e devemos considerar no processo de aprendizagem é a o desenvolvimento cognitivo. E quando falamos em aprender não nos referimos somente ao ambiente escolar, mas em todo o contexto que abrange a vida de uma criança, levando em conta também a relação do pequeno com a família, os amigos e as demais pessoas.
Sendo assim, vamos aprender sobre este enfoque às etapas que compreendem esse aspecto:
Segundo Piaget, o processo de desenvolvimento possui quatro estágios sucessivos, que indicam o grau de desenvolvimento da criança:
Fase sensomotora
Compreendendo o período que vai do nascimento até os 2 anos de idade, nesta etapa a criança começa a controlar seus reflexos. A inteligência da criança é essencialmente prática e as ações de reflexo predominam. A relação com o meio ambiente não se dá pelo raciocínio lógico ou pela representação simbólica, mas pela ação e experimentação direta.
A criança pode não chegar a entender completamente a existência dos objetos que não estiverem ao seu alcance. Na verdade, quando o objeto desaparece da sua vista, ela ainda não entende que o mesmo existe. É por isso que se diverte quando os adultos brincam de esconder a cara atrás de um objeto para em seguida aparecer.
Fase pré-operacional
Agora a criança já demonstra a habilidade de trabalhar algumas competências, como a capacidade de semiótica. Esta fase é caracterizada também pelo egocentrismo em seus pensamentos. Ela não consegue distinguir o que é objetivo do subjetivo nem o físico do psíquico.
Por outro lado, as crianças podem manifestar e utilizar o pensamento simbólico, ou seja, podem falar. E ainda que já para os 6 ou 7 anos podem começar a manifestar empatia. Durante a maior parte dessa fase predomina o pensamento egocêntrico, ou seja, a criança pode continuar entendendo o mundo segundo sua perspectiva.
Fase operacional concreta
Uma das principais características desta etapa é a construção de uma lógica de classes e relacionamentos, mas que não esteja ligada a dados perceptivos. A diminuição do egocentrismo nessa etapa é gradual. Isso acontece porque a criança começa a entender o conceito de grupo. No entanto, o pensamento abstrato ainda deve se desenvolver.. Esta fase vai dos 7 aos 12 anos.
Fase operacional formal
Aqui é a última etapa, ela é marcada pelo amadurecimento total do desenvolvimento cognitivo da criança. Um dos pontos principais é o pensamento científico adquirido por ela. Considerando que esta fase é de transição, a pessoa passa a analisar possibilidades hipotéticas.
Além disso, ela tem a aquisição de outras habilidades, mecanismos e conhecimentos que fortalecerão ainda mais a sua autonomia cognitiva. Vale ressaltar também que a capacidade mental da pessoa fica mais rápida e mais crítica. A verdade é que gerar hipóteses implica que a pessoa não apenas pensa na realidade, mas que também pensa em como fazer as coisas. Por outro lado, os indivíduos que chegam a essa idade obtêm uma maior compreensão do ambiente que as rodeia e do conceito de causa e efeito.
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Pedagoga e Psicopedagoga Clínica
Comecei minha carreira de atendimentos em 2012
Hoje atuo também como Supervisora Clínica
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