De repente, seu filho acorda e não consegue falar. Ou ele volta da escola e fala tão baixinho que quase não se ouve a voz. E na volta daquele final de semana intenso e cheio de euforia, então?! Pode parecer estranho, mas as alterações de voz (as chamadas disfonias) infantis são bem comuns. Mas, apesar disto, vale lembrar que esses problemas não são normais e vale a investigação. O tratamento, se iniciado rapidamente, traz excelentes resultados sem maiores consequências, como intervenção cirúrgica e/ou terapia fonoaudiológica.
O principal alvo desse problema são crianças com idade entre cinco e 10 anos. Nesta faixa etária, os pequenos ampliam o círculo de relacionamento e começam a usar a voz com mais frequência. Apesar de afetar ambos os sexos, a incidência de rouquidão na infância é maior entre eles, em uma proporção de três meninos para cada menina. Uma possível explicação para essa diferença, embora sem comprovação científica, seria a exigência social de um comportamento mais agressivo por parte dos garotos – em brincadeiras de luta e durante as partidas de futebol, por exemplo. “Menino grita mais do que menina, e essa má utilização da voz aumenta as chances desse grupo desenvolver a disfonia”.
o que é disfonia infantil?
Qualquer problema/alteração de voz é diagnosticado como disfonia. Em crianças, o quadro é chamado de disfonia infantil, tais como: rouquidão, falha na voz, sensação de voz cansada, dor ao falar, voz muita fina ou muito grossa. Algumas crianças têm maior propensão a sofrer alteração vocal, seja por abusar da voz, por ser sensível a mudanças de temperatura ou por apresentar um quadro recorrente de rinite alérgica, por exemplo.
O mau uso ou uso abusivo da voz (gritar muito, falar muito alto), doenças respiratórias e alterações fisiológicas (o famoso “calo nas cordas vocais”) são as principais causas de disfonia infantil.
Se a alteração vocal acontece com grande frequência (melhora e depois volta) ou é persistente (por mais de 15 dias), vale a pena investigar o que está acontecendo na garganta.
– Forma súbita: por processos infecciosos (viroses, alergias…), traumatismos (intubação, acidentes) e abusos vocais intensos (por ex. Torcida em jogo de futebol)
– Forma lenta e progressiva: funcional (mau uso constante da voz); períodos cíclicos (gripes mal curadas)
As principais causas são:
– Distúrbios emocionais
– Ambientais: ambientes ruidosos, competição entre membros da família, convívio com pessoas que falam alto
– Processos infecciosos
– Prática de esportes
Como tratar?
O diagnóstico é feito através de avaliação por Otorrinolaringologista ou Fonoaudióloga.
Muitas vezes, exames complementares como Nasofibroscopia e Laringoscopia podem evidenciar a presença de nódulos ou “calos” nas cordas vocais.
O tratamento, na maioria das vezes, é clínico. Sessões de fonoterapia são fundamentais para diminuir a tensão cervical e ensinar a criança a usar a voz sem gritar.
Orientações:
– Solicitar que as crianças falem sem gritar, aproximando-se das pessoas para conversar
– Abaixar o volume do rádio ou TV quando a criança for falar com alguém
– Dar a chance de cada criança falar na sua vez
– Realizar com moderações as imitações de monstros, animais e motores
– Oferecer bastante líquido à criança, para manter as cordas vocais bem hidratadas
– Ensinar a criança a falar mexendo bem a boca.
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Pedagoga e Psicopedagoga Clínica
Comecei minha carreira de atendimentos em 2012
Hoje atuo também como Supervisora Clínica
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