O que é o TDAH?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
Mas, como trabalhar a pedagogia com o TDAH?
Estas crianças tem dificuldade de memorização de sequências, não percebem detalhes, reincidem nos mesmos erros, desorganizam-se constantemente, esquecem conteúdos correlacionados ao tema principal, perdem-se nos eventos que são paralelos ao evento principal de uma determinada matéria, no passo-a-passo das fórmulas e dos conceitos das matérias mais decorativas ou monótonas. Portanto, a escola deve participar do processo terapêutico formulando práticas e caminhos que facilite e otimize a absorção de conteúdos e a desenvoltura nas avaliações.
No tocante ao TDAH na escola, podemos dividir tais estratégias em 3 eixos de ação: didática em sala de aula, meios de avaliação e apoio organizacional. A didática em sala de aula deve buscar meios que melhorem a concentração deste aluno: mudar tom de voz de acordo com a necessidade dando ênfase em momentos mais importantes do assunto, colocar este aluno para sentar bem próximo do professor, começar a aula com algum tipo de motivação (uso de quiz ou perguntas que devem ser respondidas ao final após a transmissão do conteúdo e que, em caso de acerto, pode ser dada uma nota que se somará à média final), associar o assunto da aula a alguma situação do contexto que interessa ao aluno ou que tenha uma aplicação prática, utilizar–se de estímulos audiovisuais ou sensoriais, os quais têm grande poder de memorização, ser mais emocional na transmissão da aula, menos cópia e menos texto.
Em relação aos meios de avaliação, o professor pode variar e enriquecer as formas de averiguar se este aluno absorveu ou não a matéria aplicando não somente as clássicas provas objetivas, mas também trabalhos, pesquisas de campo, apresentações em sala, participação em discussões, etc. As provas devem ser enxutas, objetivas, curtas, sem pegadinhas. Como este aluno se distrai e se perde nos detalhes, é importante ao final da prova que seja dado um tempo complementar para que reveja as questões em busca de possíveis lapsos ou distrações e dada à oportunidade de corrigir ou refazer a questão. Alguns alunos podem ser favorecidos com o professor lendo as provas antes de iniciá-las, pois podem compreender melhor as questões ouvindo-as.
No apoio organizacional, o professor pode ajudar criando uma rotina pré-estabelecida com o aluno o qual deve seguir repetidamente e diariamente. Esta espécie de roteiro serve para ser um lembrete diário.
5- abordagens criativas
1. Faça você – Muitos alunos com TDAH respondem melhor a aprendizagem “prática”: muitas vezes é melhor “fazer” em vez de “contar”. Manipular pelas, digitar em um computador, fazer desenhos para um livro da aula, estudar ciências em um laboratório, participar de feiras ou ainda ser “professor por um dia”, essas atividades auxiliam a construir e desenvolver a confiança. Porém é importante ressaltar que nem todos os alunos com TDAH respondem bem a este método. Deve-se envolver cada aluno na modalidade que mais se afina a eles.
2. Varie a rotina – Se sabemos que os alunos com TDAH estão sempre em busca de algo novo, por que não usar isso a seu favor? Torne a “leitura” um pouco mais curta e faça com que os alunos variem as atividades. Embora seja importante manter a organização para os alunos com TDAH, mudar a rotina de vez em quando ajuda a evitar o tédio. Incentivar estes alunos a pegarem atividades extracurriculares também pode ser útil, uma vez que permite que eles se concentrem em suas paixões e realizem diferentes tarefas ao longo do dia.
3. Coloque alguns movimentos nos seus planos de aula – Há muitas maneiras criativas de incorporar o movimento em sala de aula. Ao revisar questões para um próximo teste, experimente jogar uma bola para os alunos que deseja chamar em vez de chama-los pelo nome. Interpretar grandes cenas da história fará com que os fatos e as datas “sejam gravados” mais profundamente pelos alunos, assim como atuar e “sonorizar” alguns personagens ajudam quando você estiver ensinando uma turma a ler. E nunca subestime o quão divertido pode ser simplesmente sair da mesa, se esticar e dançar um pouquinho!
4. Ensinar Mindfulness, a atenção plena – Mindfulness ensinado em sala de aula está se tornando uma técnica cada vez mais popular, e que pode ser particularmente útil para os alunos com TDAH. Exercitar a atenção plena e a dedicação ao que se está fazendo no momento ajuda o estudante a saber quando é hora de parar por um momento e refletir sobre o que você disse previamente.
5. Crie um programa de tutoria ou mentoring – Todos os estudantes merecem atenção individual e personalizada, mas os alunos com TDAH precisam de atenção extra no desenvolvimento de suas ferramentas e estratégias para aprender em sala de aula. Turmas menores seriam ideais, mas um programa de tutoria ou mentoring também é bastante útil para a escola. Com uma atenção direcionada, os alunos com TDAH terão alguém para auxiliar em seu progresso e, ao mesmo tempo ajudando-os a desenvolver as qualificações de que necessitam para atuarem bem a escola e fora dela.
Os alunos com TDAH são muito inteligentes e têm grande potencial se receberem os recursos de que precisam para prosperar. Isso pode significar medicação, mas também significa trabalhar duro para encontrar o ensino personalizado e as estratégias comportamentais mais adequadas.
Fonte: https://www.edudemic.com/5-ways-to-help-students-adhd/
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Pedagoga e Psicopedagoga Clínica
Comecei minha carreira de atendimentos em 2012
Hoje atuo também como Supervisora Clínica
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