A Caixa de Areia
O Sandplay-Jogo de areia é um processo transformador. É um método projetivo que prescinde do verbal. Sua prática consiste em construir cenários em uma caixa de areia, seca ou úmida, da forma que desejar, moldando a areia ou utilizando miniaturas. As cenas simbolizam o estado psíquico.
Durante o processo psicoterapêutico com o Sandplay-Jogo de areia, observamos que as partes desconhecidas e não aceitas do indivíduo são vistas objetivamente e reconhecidas como pertencendo a ele.
A caixa e o setting terapêutico tornam-se a área limítrofe onde os opostos podem se confrontar e onde os conflitos podem ser resolvidos antes de serem levados para o mundo real. O trabalho na caixa de areia pode permitir a expressão de conteúdos inconscientes, de modo a que eles não mais busquem se manifestar de forma literal em nossas vidas.
Desta forma, o Jogo de areia é uma ferramenta de valor inestimável .
O uso da caixa de areia com finalidades terapêuticas foi iniciado na Inglaterra por Margareth Lowenfeld, psiquiatra freudiana que recebeu forte influência de Jung, e, em 1935, publicou um livro a respeito.
A terapia na “caixa de areia” é um procedimento não verbal criado por Dora Kalff, em Zurique e levado até a América por Estelle Weinrib. De acordo com esta técnica os sujeitos criam cenas tridimensionais em uma caixa de tamanho específico usando areia , água e várias miniaturas de elementos de seu contexto sócio-cultural.
A caixa deve ter a forma retangular, medir 50cm por 75cm e 5 cm de altura e ter o fundo pintado de azul. Pode ser de madeira ou papelão. As miniaturas podem ser de qualquer material: plástico, , madeira, biscuit, etc… e incluírem elementos do universo pessoal: elementos da natureza, objetos, veículos, animais, vegetais , etc. A pessoa, com esse material, cria um cenário e coloca os personagens em cena. O terapeuta não interpreta a cena até que esteja pronta, concluída.
O princípio que norteia o uso da caixa de areia é que existe, no inconsciente ,uma tendência para que a psiquê se cure sozinha, desde que haja condições para isso. Este princípio foi enunciado por Jung. Por meio das produções na caixa de areia a mente se amplia e os conteúdos latentes se tornam manifestos para o próprio cliente. As cenas representam o mundo interior por intermédio de elementos do mundo exterior. Muitas cenas reproduzem conteúdos oníricos, atingindo um nível bem profundo do inconsciente.
Dora Kalff iniciou sua prática com crianças, com uma abordagem não verbal, sem interferir em seu processo de trabalho. Ela simplesmente observava o que acontecia na sessão e percebeu que havia uma melhora significativa nos quadros de seus clientes apesar de não haver interferido. Passando a usar o mesmo método com adultos, descobriu que havia um processo semelhante ao das crianças.
A psicopedagoga Beatriz Scoz tem utilizado a caixa de areia com o objetivo de permitir análises sobre as modalidades de aprendizagem em cursos de formação de psicopedagogos. Ela incorporou à técnica original seu uso em pequenos grupos e o registro fotográfico do processo de trabalho até sua finalização. Suas considerações sobre a aplicação da caixa de areia no tratamento psicopedagógico foram publicadas em:
“Por Uma Educação Com Alma: a objetividade e a subjetividade nos processos de ensino/aprendizagem”. Editora Vozes, 2000.
Em 2002 a psicanalista Ruth Ammann esteve no Brasil e deu uma entrevista à Revista Bem Viver Psicologia. Leia a matéria que está em anexo.
Para conhecer um pouco mais sobre esta técnica e sua aplicação no âmbito da psicopedagogia clínica, leia o artigo em anexo, “A Caixa Areia e as Miniaturas”.
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Pedagoga e Psicopedagoga Clínica
Comecei minha carreira de atendimentos em 2012
Hoje atuo também como Supervisora Clínica
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